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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

sAPOS SENTADOS
Com o tempo passa              Adaptação de texto de Edmundo Teixeira


Uma moça triste apareceu à margem de um rio caudaloso e largo e foi procurar barqueiros para atravessa-la .

Dirigiu-se ao primeiro de ar revoltado, que respondeu em tom agressivo:
Vai mulher cruel! Jamais você passará!

A moça dirigiu-se a um segundo barqueiro, mas este, lançando-lhe um olhar trágico , virou-lhe as costas sem responder.

Restava, a pouca distância um terceiro barqueiro, já muito velho. Este a ouviu com simpatia e sorridente a levou ao barco.

A travessia foi longa, más as remadas ainda que lentas, eram firmes e seguras.

Antes de ir embora a moça curiosa, perguntou:

_Por que os outros dois barqueiros me recusaram atravessar?

No entanto o senhor fez questão em fazê-lo tão gentilmente?

_ Por que sabem que você é a Dor, o nome daqueles barqueiros: Ressentimento e Desconsolo.

Os dois, mesmo com reações diferentes não percebem que ao recusá-la , mais a retém junto a si! Eu não, eu posso passá-la.

_Más, quem é o senhor?

_Sou o Tempo.

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