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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

sAPOS SENTADOS
MEMÓRIA LIMITADA                               Eduardo de Paula Barreto

Quando a sua mente enfraquecer 
E de quase tudo se esquecer 
Devido à idade avançada 
Veja tudo pelo lado bom 
Pois você poderá rir com 
A mesmas velhas piadas. 

Se esquecerá das alegrias 
Que inundaram os seus dias 
Trazendo à vida mais beleza 
Mas em contrapartida 
Não terá lágrimas escorridas 
Pelos momentos de tristeza. 

Não se recordará dos romances 
Com mulheres de difícil alcance 
Que o seu amor imploraram 
Mas também ficará esquecido 
Daqueles momentos sofridos 
Quando os romances acabaram. 

Ao ter a memória limitada 
Você não lembrará de mais nada 
Apenas verá o tempo passar 
Mas terá momentos de felicidade 
Pois o seu cérebro por piedade 
Não o impedirá de sonhar. 


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

sAPOS SENTADOS

Nem tanto ao mar nem tanto a terra           Edmundo Teixeira



Havia um belo fruto maduro em um galho alto.
De um salto alcancei-lhe a ponta e o puxei para baixo.
Mas curvei demais e crac!  - o galho se partiu
Fiquei triste. Exigi do galho mais flexibilidade do que ele podia dar.
E mais uma lição o fruto se esborrachou no chão!

Detive-me a refletir sobre o fato. É muito comum exigir dos outros mais do que eles podem nos dar! Se compreendêssemos isso, 90% das criticas que fazemos todos os dias seriam eliminadas!

Ao mesmo tempo caímos no outro extremo com muita frequencia: o da condescendência própria ou mimando demais os filhos, para poupar esforços que devem fazer se não queremos que fiquem psicologicamente debilitados (superproteção).

Entre o exigir demais e o exigir de menos esta uma linha relativa que se deve adequar à forma de ser de cada pessoa.

Aquém esta a omissão debilitante, alem esta a tirania que força limites.

Entre os dois esta a arte de saber viver, assim definido por Rousseau.
“O direito de um, termina onde começa o direito do outro”

Todo o extremo é prejudicial e acaba por perder o fruto de um bom resultado.

Reflita, pratique o equilíbrio, saiba viver....

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sAPOS SENTADOS

Meu lugar ao sol           Edmundo Teixeira




Andando pelas redondezas onde moro, fui tocado de um modo especial.

Num trecho da calçada, onde quase pisei, me deparei com um pequeno pedacinho de vida lutando por sobrevivência.

Era uma pequena florzinha, que em meio ao cimento, sutilmente aproveitava uma pequena fenda, para sair e crescer em direção ao sol.

Essa florzinha, com toda a sua delicadeza, tinha garra suficiente para sair da “massa” do concreto e encontrar as alturas.

Ela se voltava para o alto, para a luz, para a vida e marcava o seu espaço, o seu lugar ao sol.

Questionei-me sobre quantos de nós, com uma consciência supostamente mais elaborada, estaríamos buscando nosso lugar ao sol, estaríamos buscando a luz e o alto, em vez de nos deixarmos esmagar pela “massa” opressora e pelo concreto da matéria.

Acredito  ser válido aprendermos um pouco mais com as flores...


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sAPOS SENTADOS
“ISTO TAMBÉM PASSARÁ!”                 Daily World 1994


Não lancemos âncora na baia do desânimo ou desespero.
Tudo é passageiro.
Saímos com mais facilidade dos problemas quando lembramos destas palavras gentis e verdadeiras:
“ISTO TAMBÉM PASSARÁ!”

E passa mesmo é como naquela história da mulher (a dor) que queria atravessar o rio.
Um primeiro barqueiro não a quis atravessar; virou-lhe as costas.
O segundo também não e a xingou; só o terceiro bem velho a levou.

O primeiro barqueiro era o desânimo, que não passa a dor.
O segundo era a revolta que só faz a dor aumentar.
Porém o terceiro era o tempo; este sim ameniza, faz pensar e acaba por mostrar que tudo é relativo.

A vida é composta de altos e baixos.
A arte de viver nos pede constantes ajustes à novas situações.
Más, Deus nos dá capacidade de adaptação e compreensão.
Nestes desafiamos temos que cultivar fibra ,paciência e o equilíbrio que são importantes na manutenção da paz.

Assim até nos períodos dramáticos e tristes de nossa vida, podemos afirmar:
“ISTO TAMBÉM PASSARÁ!”

À distância o que passou vai se tornando cada vez menor e sem força.
Portanto devemos estar prontos para usufruir as novas experiências.

Seja feliz em sua jornada.








terça-feira, 30 de agosto de 2011


sAPOS SENTADOS

desgraça ou  bênção???
Colaboração da Cris


Havia em uma aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. 
Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. 
Os amigos disseram ao velho: 
Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado! 
E o velho respondeu: 
Calma, não cheguem a tanto. 
Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. 
O resto é julgamento de vocês. 
As pessoas riram do velho. 
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. 
Ele tinha fugido para a floresta. Na volta, trouxe uma dúzia de cavalos selvagens com ele. 
As pessoas se reuniram de novo e disseram: 
Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma benção. 
E o velho disse: 
Vocês estão se precipitando de novo. 
Quem pode dizer se é uma benção ou não? 
Apenas digam que o cavalo está de volta... 
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. 
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. 
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar: 
E não é que você tinha razão, velho? 
Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas. 
E o velho disse: 
Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein? 
Não se adiantem tanto. 
Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. 
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção... 
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho. 
E os que foram para a guerra, morreram... 
Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação. 
E isso leva a conclusões precipitadas. 
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa. 
Quando uma porta se fecha, outra se abre... 
As vezes enxergamos apenas a desgraça, e não vemos a benção que ela nos traz...
Cris

sAPOS SENTADOS

Muita luz para que possamos ver...
                                                            
Otto Lara Resende                                                 
Obrigado Rô


Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta.
 
Um poeta é só isso: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar... vê, não vendo.
 
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia sem ver.

Parece fácil, mas não é.
O que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.
De tanto ver, você não vê.
 
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo porteiro.
Dava-lhe bom-dia e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.
Um dia, o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara, sua voz, como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu.
Para ser notado, o porteiro teve que morrer. 
Se um dia, no seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser que ninguém desse por sua ausência.
 
O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas, há sempre o que ver: gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. 
Uma criança vê o que um adulto não vê., pois tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
 
O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho, marido que nunca viu a própria mulher. 
Isso exige muito. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011


sAPOS SENTADOS

Paz interna          Texto adaptado   Daily World 1994


É inútil ficarmos tristes ao notar o quão facilmente nos aborrecemos e nos perturbamos ante os desafios da vida.

Em vez de lamentar é melhor entender que a solução não depende dos outros tão pouco dos fatos. Dependem sim, apenas de nós mesmos.

Separemos as duas coisas : de um lados as reações de nossa personalidade e  de outro as pessoas e os fatos.

Os fatos e pessoas não podemos mudar, mas o modo de os encarar e a eles reagir, isto sim depende de nós. Assim devemos trabalhar o intimo em nosso modo de pensar e sentir.

É difícil, porem é solução. Reeducar nosso intimo a não resistir, compreender, contornar inteligentemente, vigiar nossas reações. Respeitar conscientemente opiniões antagônicas.

Não entrem em discussões improdutivas, as pessoas parecem que necessitam descobrir e explorar opiniões contrárias, neste caso o melhor é usar de artifícios tipo: não penso desta forma posso não estar suficientemente informado.

Todos gostamos de encontrar quem partilhe de nossas idéias, porém não somos donos da verdade e não podemos nem devemos fazer com que concordem conosco a qualquer custo.

Vemos nos noticiários crimes quase sempre causados pela violência da necessidade egoísta de fazer prevalecer suas opiniões. Brigas de torcidas, bulling, homofobia e tantos outros preconceitos.

Ajudados por nossa consciência Crística, podemos trabalhar em primeiro lugar com nossa paz interna e expandi-la ao mundo.